As Trovadoras Itinerantes desenvolveram uma estética
mambembe e nômade, aberta a todas as influências que nos compõe brincantes de
um Brasil nordeste-latino-afro-índio-europeu. Seus espetáculos abordam com
delicadeza e musicalidade o imaginário popular através de cordéis e canções
passados de boca em boca desde nossos antepassados nas diversas matrizes
europeias, africanas e ameríndias.
Os shows passeiam por uma dramaturgia arraigada nos mais diversos estilos da
farsa medieval ao diálogo contemporâneo, da literatura de cordel (sextilha,
setilha, décima, quadra, galope, martelo) das variantes do repente, da cantoria
e do côco de embolada, da corporeidade brincante dos reisados, brinquedos e
foguedos brasileiros, apresentando ao público um trabalho interativo e bem-humorado
pela exploração de elementos cênicos e nas questões de gênero com a atuação das
mulheres nas artes de rua, do cordel e da cantoria.
Além das apresentações artísticas com shows, espetáculos cênicos, contações
de histórias, recitais e cursos de música brasileira (canto, pandeiro, sanfona,
rabeca), trovadorismo, oratória e a arte de contar histórias, , as Trovadoras
Itinerantes representam uma Rede de Mulheres Cordelistas, Cantadoras e
Repentistas (Rede Mnemosine) com atuação em todo território nacional, que
também desenvolve a Feira da Palavra para exposição e venda dos folhetos
femininos de cordel com traduções bilíngues e divulgação da Folheteria Ateliê
da Palavra – primeira do gênero com publicações de folhetos exclusivamente
femininos no Brasil.
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